PREFEITURA QUER PROIBIR ATUAÇÃO DE MOTOTAXISTAS

por Danilo de Araújo Rodrigues publicado 20/05/2016 00h00, última modificação 20/05/2016 13h32
Sensíveis à situação de aproximadamente cinco mil mototaxistas jaboatonenses que sobrevivem desta atividade e estão ameaçados de não mais atuar nos limites do município por determinação da Prefeitura, um grupo de vereadores vai apoiar protesto da categoria contra a “regulamentação” do serviço, na próxima segunda-feira, a partir das 9h da manhã, em frente ao prédio do Executivo. De acordo com eles, apenas cerca de 300 motoristas conseguiram autorização da Prefeitura para rodar.

Os vereadores explicaram que a regulamentação no momento atual de crise econômica vai agravar ainda mais os problemas sociais que a cidade já vivencia hoje. “Não somos contra a regulamentação, mas a Prefeitura precisa estar sensível para entender que num cenário de desemprego crescente esta tem sido uma alternativa de sobrevivência para muita gente. Não pode simplesmente proibir a atividade agora e deixar cinco mil pessoas sem trabalho”, analisou o vereador Ricardo Valois.

O vereador Manoel Neco tomou conhecimento que carros de som estão circulando pelos pontos de mototáxi informando que após o dia 24 os motoristas que não foram contemplados pela Prefeitura não poderão mais transportar passageiros. “Eu me reuni com um grupo e me comprometi a lutar contra esta arbitrariedade da Prefeitura. Sem poder trabalhar o que estes pais de família vão fazer para levar o pão para casa”, questionou.

Os vereadores Sargento Sampaio e Eurico Moura também protestaram contra a medida. “As pessoas estão sem emprego. Vale salientar também que estes trabalhadores cumprem um papel social importante transportando pessoas em áreas de difícil acesso onde os ônibus não chegam. Então deve haver uma discussão maior sobre o assunto antes de proibir desta maneira”, afirmou Sampaio.

“Ninguém se arrisca em cima de uma moto o dia todo pra cima e pra baixo se não estiver precisando. São pessoas honestas que querem apenas ganhar o seu sustento e a Prefeitura quer impedi-los de trabalhar. É um absurdo”, disse Eurico.

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