JUDEUS PROMOVEM ATO PELA TOLERÂNCIA

por Pedro Tinoco publicado 31/03/2017 23h20, última modificação 01/04/2017 17h21
Ao longo da história da humanidade foram registrados inúmeros períodos de intolerância, discriminação e ódio. O povo judeu foi vitima dessas questões, ora sendo escravizado, oprimido, perseguido ou até sendo lhe negado o direito mais elementar de exercer livremente a sua religiosidade. Para relembrar estes episódios a Câmara de Vereadores de Jaboatão dos Guararapes realizou sessão solene na manhã de hoje (31), promovida pela Associação Sefardita de Pernambuco.

Nesta data os Bnei Anussim, como são conhecidos os descendentes dos judeus que foram forçados a se converter ao cristianismo pela Santa Inquisição na Europa, lembram o Decreto de Alahambra. Foi a partir dessa dia, em 1492, que a lei promulgada por reis católicos da Espanha, ordenou a expulsão ou conversão forçada dos judeus da região. No ano passado a Assembleia Legislativa aprovou a lei estadual n.15.871, que institui no calendário oficial de Pernambuco o dia 31 de março para relembrar este dia.

A sessão solene na Câmara contou com a presença do rabino Gilberto Ventura, da Sinagoga Sem Fronteiras, lideranças políticas locais e alguns representantes dos descendentes dos Judeus Sefarditas que sofreram com a inquisição em vários locais do Nordeste.

Muitos deles ficaram conhecidos também como cripto-judeus, pessoas que praticavam a crença em segredo, e viveram em Pernambuco. Com o tempo eles se organizam em comunidades e fazem do dia 31 de março uma data para homenagear os antepassados. Segundo Aline Mesquita, secretária da Associação Serfadita de Pernambuco, a lembrança é "acima de tudo um dia para refletir e praticar a tolerância".

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